[Palco Aberto] Fernando, começando do começo: quando você descobriu que a arte não era só uma paixão, mas o seu caminho de vida?
Fernando Serrilho: Acho que foi quando percebi que, mesmo nos dias difíceis, a única coisa que fazia sentido era criar. Seja escrevendo, compondo ou tocando, era ali que eu me sentia inteiro. Eu devia ter uns 14 anos quando isso bateu forte. Desde então, nunca mais consegui me imaginar fazendo outra coisa.
[Palco Aberto] Sua trajetória mistura música, poesia e performance. Como você equilibra essas linguagens tão diferentes, mas que se encontram no seu trabalho?
Fernando: Pra mim, todas essas linguagens são como instrumentos de uma mesma banda. Às vezes, o som precisa da delicadeza da palavra, outras vezes de uma batida visceral. O segredo é escutar o que a criação pede e ser honesto com ela. Não tem fórmula, tem entrega.
🎧 BATE-BOLA MUSICAL
[Palco Aberto] Uma música que te define?
Fernando: “Vida Louca Vida” – Cazuza. Intensidade e vulnerabilidade lado a lado.
[Palco Aberto] Um show inesquecível?
Fernando: O meu primeiro show solo. Tinha 20 pessoas e parecia um estádio.
[Palco Aberto] Um artista que você queria dividir o palco?
Fernando: Lenine. A alma dele canta até no silêncio.
[Palco Aberto] O cenário da música independente no Brasil mudou muito nos últimos anos. Como você enxerga esse momento?
Fernando: É desafiador, mas ao mesmo tempo libertador. A gente tem ferramentas que antes não existiam, mas também uma avalanche de conteúdos. Quem é artista hoje precisa ser gestor, roteirista, social media… (risos). Mas ao mesmo tempo, nunca foi tão possível alcançar pessoas do outro lado do país com uma única música. É uma selva, mas cheia de caminhos.
[Palco Aberto] E quando a arte não está fluindo? O que você faz pra se reconectar?
Fernando: Eu paro. Saio de cena. Volto a viver. Porque às vezes a arte empaca porque a vida empacou. Então eu escuto mais, observo, viajo sem sair do lugar. E aí, do nada, a arte volta — geralmente com um soco no estômago (risos).
🎭 MOMENTO “ENTRE LINHAS”
[Palco Aberto] Se você pudesse deixar uma frase sua em todos os muros do mundo, qual seria?
Fernando: “Seja verdadeiro mesmo quando ninguém estiver olhando.”
[Palco Aberto] O que podemos esperar do Fernando Serrilho nos próximos meses?
Fernando: Estou finalizando um novo EP que mistura rock alternativo, ritmos brasileiros e poesia falada. Tem participação de artistas que admiro muito e letras que rasgam. Além disso, vem uma turnê pequena e afetiva — quero reencontrar o público olho no olho, sabe?
[Palco Aberto] Pra fechar, deixa um convite pra quem ainda não conhece seu trabalho.
Fernando: Se você curte arte que não vem pronta, que provoca e acolhe ao mesmo tempo, dá um pulo nas minhas redes ou nos streamings. Meu som é uma conversa. E se você se reconhecer em uma frase, uma nota ou uma pausa… então, a conexão aconteceu. E isso já vale tudo.
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🎧 Ouça agora: “Fragmentos e Fôlegos”, o último trabalho de Fernando — disponível nas plataformas digitais.